segunda-feira, maio 17

Outro pequeno episódio completado. Boa !!

Finalmente, depois de algumas semanas de baixa, o nosso velho professor de Educação Física voltou... introduziu a aula com um sorridente "Boa Tarde" e enunciou aquilo que iríamos fazer. Era o teste de Vai-Vém e ginástica acrobática! A pedido de várias famílias, começámos pelo Vai-Vém (não vi quem fez este pedido, mas decerto foi alguém que faz de volante na ginástica, pos não se lembrou que as bases, como eu infelizmente, iriam ter que levar com o rigoroso odor representante da fadiga dos seus colegas). Assim iniciámos o teste, o professor elegiu os rapazes como primeiros executantes. No entanto, visto que são menos que as raparigas, houve três de nós que tiveram que participar com eles ( eu fui =D' ). Quem ficou a contar as minhas voltas foi a Daniela Dias. O número de voltas mínimo para as raparigas da minha idade atingirem a excelência é 51, e esse era o meu objectivo. Não sei porquê mas ganho sempre um nervoso que não me deixa controlar as respirações devidamente e como eu aspiraria, mas enfim... Encontravamo-nos na linha de partida; a voz implicante do gravador soava, e aí íamos nós: 5, 4, 3, 2, 1, tliimmm. Juntos começámos a correr, sem pressas e descontraidamente, tentei abstaír-me do barulho do pavilhão, do movimento do meu corpo e dos meus batimentos cardíacos. Tentei pensar em coisas que me deixam feliz, naquilo que me preocupa e naquilo que tinha para fazer hoje, basicamente em tudo menos na avaliação da minha aptidão aeróbia (conselho da minha colega Tatiana), mas não conseguia, tudo aquilo que me vinha à cabeça acabava por se tornar transparente e mudo, de maneira a que eu voltasse a ver e ouvir aquilo em que não me queria focar. De repente voltou a tal voz: 10! "Só dez voltas?!" - pensei eu. Foi então que decidi concentrar-me verdadeiramente naquilo que estava a fazer e naquele que era o meu objectivo, em vez de tentar fugir aos problemas (coisa que a minha personalidade, pelos vistos, não me deixa fazer) e consegui, o tempo passou mais depressa e foi então que ouvi: 45! Sim... finalmente estava quase, já não aguentava muito mais, as minhas pernas levantavam-se esforçadamente para não se deixarem arrastar, o meu coração batia numa rapidez incomodativa e a famosa "dor de burro" já dava os seus primeiros sinais. Pensei em desistir, mas o meu corpo não deixou, corri até ao fim e finalmente chegou a volta número 51. Parei e senti-me tonta, passei pelo professor e disse: "Número treze, cinquenta e um." O professor apontou e eu dirigi-me à casa de banho, onde dei dois goles de água semi-fresca. Doía-me a barriga e a cabeça andava um pouco à roda. Até que me sentei, toda a dor passou e vi mais um pequeno episódio da minha vida, completado com sucesso. Boa! =DD

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